Depois do belo desfile da troca da guarda no Parlamento Helenístico, e com o dia ainda muito nublado, o melhor programa foi fazer a visita ao Museu Arqueológico Nacional. Da Praça Syntagma, metrô até a estação Omonia e de lá, caminha-se até o Museu, em torno de 15 minutos.
O Museu foi inaugurado no final do século XIX e é o maior Museu da Grécia e um dos maiores do mundo. Oferece aos visitantes um panorama da civilização grega antiga, da pré-história à Antiguidade tardia.
Quando falamos o "maior museu", é porque realmente ele é grande. São apenas dois andares, mas com uma infinidade de salas, mostrando tesouros das tumbas reais de Micenas, da civilização cicládica, obras primas da escultura e da ourivesaria gregas, uma importante coleção de vasos em cerâmica e, também, obras provenientes do Egito.
Visitar este Museu requer, como em qualquer grande Museu no mundo, paciência e disponibilidade. A visita merece calma para admirar um acervo tão raro e maravilhoso que nos faz mergulhar num túnel do tempo.
A elegância do edifício em estilo neoclássico já é um convite para a visita.
Em uma das primeiras salas nos deparamos com a famosa estátua do Kouros de Annavyssos, datada de 530 a.C. A peça foi roubada e levada para a França, de onde retornou em 1937.
Esfinge, encontrada em Spata, Attica, do ano 570 a.C.
Impossível não ficar paralisado diante dessa estátua em bronze de Artemísio. Pode ser uma representação de Poseidon ou de Zeus. Para saber qual a representação correta, seria necessário ter o objeto que está sendo lançado: um tridente (Poseidon) ou raio (Zeus). Quem sabe um dia encontram...
Peças de uma das salas dedicadas à coleção do antigo Egito
Uma surpresa durante a visita foi encontrar esse jardim. Momento para dar uma pausa, tomar um café e recarregar as baterias para prosseguir.
Mosaico da Medusa, séc. II d.C., encontrado em Zea, Pireus
Entre os grandes achados dos túmulos de Micenas, a máscara de ouro de Agamenon é o maior destaque.
Mais uma obra em bronze de relevante beleza é esta do Cavalo e pequeno jóquei, do séc. II a.C. Assim como a estátua de Poseidon, também foi encontrada no mar de Artemísio.
O éfebo de Anticítera, estátua em bronze do séc. IV a. C., me causou um grande impacto, por conta da postura e do seu movimento.
Esse conjunto em mármore, com Afrodite, Pã e Eros, foi encontrada na ilha de Delos e data do final do séc. 2 a. C. A deusa nua ameaça o deus de pés de bode com sua sandália, espantada com sua aparição, enquanto o deus Eros o empurra para perto dela.
Dois exemplares da grande coleção de vasos de cerâmica
Finalizando a visita, em uma das salas do segundo andar do Museu, podemos admirar uma coleção pré-histórica com afrescos do povoado do Akrotiri de Tera.
A civilização do Acrotério desenvolveu-se entre 1550 e 1500 a.C., e foi destruída pela erupção do vulcão de Santorini.
Estes afrescos foram conservados durante séculos, praticamente intactos, sob a cinza vulcânica.
Detalhe: cena de pugilismo
Não gosto de falar muito isso, mas considero que a viagem à Atenas só estará completa com a visita imperdível a este Museu, por tudo o que representa para a humanidade.