terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Danúbio

Depois que me instalei no Hotel em Viena e fiz um passeio pelos arredores, fiquei com uma pergunta na cabeça: onde estava o rio Danúbio? A resposta veio 5 dias depois. Quando avistei o rio do alto do Kahlenberg. Pode não fazer muita diferença para alguns, mas para mim era importantíssimo. Ñão sei explicar. O fato é que em cada cidade que visito o rio está lá no meio com pontes lindas e dividindo a cidade. Acabara de chegar de Budapeste onde as pontes são imensas e o Danúbio é lindo. Estava curioso para ver o Danúbio em Viena. E antes que perguntem, em Viena ele não é azul. Acho que nem em Budapeste...rs
Assim que saí de Kahlenberg peguei o ônibus e fui até o Centro de Viena onde peguei o metrô e desci na estação Alte Donau onde poderia ver o rio. Mas foi meio decepcionante, só dava para ver uma parte (foto abaixo).

Retornei ao metrô e voltei 2 estações, desci na Donau e pronto. Agora sim poderia observar o Danúbio na sua plenitude! Sonho realizado! E isso tudo numa pacata segunda-feira em Viena.

Grinzing

Em algumas cidades no mundo os museus e atrações turísticas não abrem às segundas-feiras. Nesse dia o jeito é inventar um programa ou se jogar nas compras. Eu prefiro pegar um ônibus e sair conhecendo a cidade. E foi assim que conheci o Grinzing, bairro afastado do Centro de Viena. A sensação é de se estar numa cidadezinha de interior. Este bairro vienense tem um pequeno charme: é onde estão situados os vinhedos da cidade. Os vinhedos ficam na parte alta do bairro e toda a produção é vendida nas Heurigers (misto de restaurante/taberna).

A segunda-feira amanheceu linda, sol intenso, céu azul e muito frio. Entre erros e acertos com bondes e ônibus cheguei ao Grinzing e logo notei a diferença: um ritmo mas lento, tudo calmo, tranquilo, pouca gente na rua. Um bairro residencial. Acho que por ser segunda-feira alguns restaurante não abriram , mas encontrei o "Grinzinger Bräu" onde comi muito bem. Era um restaurante com buffet a inacreditáveis 11,90 Euros! Um achado. Tomei uma sopa, comi salada, prato quente e sobremesa, uma taça de vinho. Perfeito.

Depois do almoço iniciei uma caminhada pelo bairro e fiquei observando as ruas e as casas.

E assim, no meio da caminhada parei e tomei um ônibus que me levou até o alto do bairro, também conhecido como Kahlenberg. É uma região fantástica, cercada por bosques. Do alto avistamos os vinhedos e temos uma vista panorâmica de Viena, inclusive com o Donau (o Danúbio). Cliquem na foto para ampliar.

Gastei boa parte do passeio em Kahlenberg. Curtindo a vista e aproveitando um pouco do sol vienense.

Foi uma ótima opção para a segunda-feira. Melhor do que ficar preso em lojas consumindo loucamente...rs

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sacher Torte

Uma das vantagens de viajar é poder conhecer novos sabores. E, na medida do possível, vou provando as delícias. Desde que cheguei à Viena ansiava por comer a tão famosa Sacher Torte ou Torta Sacher, criação de um confeiteiro de Salzburgo chamado Franz Sacher. Esta torta, aparentemente simples, faz o maior sucesso e atrai milhares de turistas ao Café Sacher, que fica no Hotel de mesmo nome, a poucos metros da Ópera de Viena.
Claro que o sucesso da torta leva outros cafés a oferecerem tortas similares. E antes de comer a verdadeira Sacher Torte, comi uma genérica num charmoso café vienense, acompanhado pela Patrícia, antes de assistir à ópera Manon Lescaut. E por falar em Patrícia...

... Imaginem aqueles encontros dignos de novela das 8. Pois foi o que aconteceu comigo em Viena ao encontrar casualmente na rua a Patrícia. Nem acreditei. Por um instante pensei que estava na Av. Rio Branco ao encontrá-la. Foi aquela surpresa. Super antenada Patrícia falou das óperas da semana, dos points, o que era in e out. Combinamos de assistir duas óperas, como já falei: La Bohème e Manon Lescaut.
A Verdadeira Sacher Torte


Eis a Sacher Torte original! Uma obra-prima. Massa fina de chocolate e amêndoas, recheada com duas camadas de geléia de damasco e coberta com calda de chocolate amargo delicioso, servida com chantilly. Hummmmm!
Comer a Sacher Torte no Café Sacher faz parte do roteiro. É um momento agradável da viagem. E até divertido. Isso por conta da decoração, que achei meio over, mas há quem goste. De qualquer forma, ir ao Café Sacher é um bom programa para o fim de tarde, antes de um programa noturno, ou simplesmente para descansar depois de um dia inteiro de andanças, papear e curtir a viagem.

Das poucas fotos que fiz no Café Sacher salvou-se esta: fazendo propaganda "estive no Sacher". As outras fotos que o garçon tirou ficaram péssimas. Restou o sabor da Sacher Torte...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ópera de Viena

Viena é conhecida no mundo todo como a cidade da música, e a sua Ópera é muito famosa. Eu não vou fazer aqui um histórico do prédio, dos artistas que lá passaram etc. Isso tudo vocês podem encontrar nas Enciclopédias virtuais. Mas vou compartilhar com vocês minha passagem no templo operístico.
Essa é a fachada principal da Ópera de Viena. Complicado para fotografar, pois fica numa rua movimentada com muitos carros, bondes, etc. Fiz uma foto em frente, mas não ficou legal. O prédio é menos imponente do que imaginava e não é tão grande. Desde que cheguei à cidade estava curioso para conhecer a Ópera, mas o desejo era assistir algum espetáculo. A temporada de ópera estava apenas começando. E os preços? Caríssimos, claro! Os ingressos quase esgotados. Os melômanos do mundo todo - e abastados - compram seus ingressos com antecedência. Mas nem tudo estava perdido, eu sabia que era possível comprar ingressos no dia do espetáculo. A informação foi confirmada pela Patrícia - amante de ópera - que tive o prazer de reencontrar casualmente em Viena. O segredo era chegar cedo, entrar na fila e pagar apenas 3,50 Euros! Detalhe: ficar num lugar privilegiadíssimo, de cara para o palco, no final da platéia, mas de pé... a vida tem dessas coisas. Assim foi, cumpri o ritual. Os apaixonados e sem grana chegam cedo. A ópera começaria às 19h e os ingressos seriam vendidos às 18h, eu cheguei às 17 e fiquei lá pro meio da fila. No horário exato compramos os ingressos. Aí uma funcionária da Ópera abre as portas e nos conduz em fila indiana para o saguão. Dá as boas vindas em alemão e inglês e dita todas as regras: nada de fotografias, guardem seus lugares com uma echarpe (apesar de ser em pé, ficamos diante de um pequeno púlpito, se posso chamar assim. Amarramos um cachecol e pronto. Ninguém pega o seu legar). Eu fiz isso e depois fui conhecer as dependências do Teatro e fotografar o que era possível.
Alguns detalhe do teto de um dos salões. Fotografei rapidamente.
Figurinos de algumas óperas ficam em exposição.
E este imenso salão. Painéis com histórias de diversas óperas. Aqui rola a social. E todos confraternizam com champagne, claro!
E viva o "temporizador" que permitiu fazer essa foto. Ao fundo vocês podem notar um balcão onde são vendidos mini-sanduíches de salmão defumado, caviar, champagne. Que vida!
Escuto o sinal e vou correndo para a sala. O Teatro lotado, meu lugar "guardado" e me esperavam quase três horas de espetáculo em pé! Nem pensei nisso, até porque iria assistir minha ópera preferida: La Bohème, de Puccini. E ficar de pé não era nada demais. Aliás, Puccini merece esta reverência.
Foi uma noite perfeita. A música de Puccini bem conduzida pela orquestra da Ópera de Viena. Cantores de primeira linha com vozes privilegiadas. Cenários, figurinos, iluminação, tudo perfeito. Um espetáculo de altissímo nível, eu estava genuinamente feliz!
Dois dias depois retornei ao Teatro para assistir "Manon Lescaut", também de Puccini. Montagem moderna, ambientada no século XXI.
Vejam só, em apenas uma semana em Viena assisti duas óperas. Este ano aqui no Rio, desde a reinauguração do Teatro Municipal, assisti 2 montagens. Quem sabe um dia nossa temporada de óperas seja, ao menos, a metade do que é a de Viena ou Paris.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Palácio Imperial de Hofburg

Visitar Viena significa conhecer muitos palácios e museus, mas esta é uma escolha individual. Há quem prefira fazer compras, comer salsichas e beber muita cerveja. Tentei fazer um mix de tudo isso, escolhi o que mais me interessava e também arranjei tempo para as salsichas e, principalmente, as cervejas...

O Hofburg é um complexo imenso de edifícios. Foi a residência oficial e centro do poder dos Habsburgo de 1278 a 1918. Atualmente abriga museus, gabinetes da presidência da Áustria, a Biblioteca Nacional e a Escola Espanhola de Equitação. Uma curiosidade: Maria Antonieta nasceu neste Palácio (coitada, mal sabia o que o destino lhe reservava).

Hofbibliothek (Biblioteca da Corte)

Portão de entrada do Schweizerhof (Pátio Suíço)

Outro prédio imponente dentro do complexo do Hofburg. Lamento mas a memória falhou e não me recordo mais o nome. Patrícia - amiga expert em Viena - poderá me ajudar. Taí um desafio para você Pat!
Museu Sissi
Esta é a parte mais visitada do complexo. O Museu tem um acervo rico com aparelhos de jantar, candelabros, louças, e diversos objetos que a Imperatriz Sissi recebeu de presente, vindos de diversos países. Nesta parte é possível fotografar, mas no aposento de Sissi e nas outras salas a fotografia é proibida.
Pelo que vi, notei que Sissi adorava receber para jantares, com tantos aparelhos da mais fina porcelana e muitos candelabros. Porém, o que me chamou atenção foram os guardanapos e a maneira como eram arrumados.

Uma decoração e tanto. E que trabalho!

Mais candelabros...

E objetos de decoração. (Cliquem na foto para ampliar e procurem Wally...rs)

Foi uma visita e tanto e me consumiu mais de 3 horas, mas valeu à pena. Ao fundo a Michaelertrakt.

Em uma próxima visita à Viena visitarei o restante do complexo...tudo em uma viagem só, não dá.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Schönbrunn

Conhecido como o Palácio de Versailles de Viena, Schönbrunn é um dos monumentos mais visitados da Áustria. Passear pelos salões e pelos jardins é mergulhar no túnel do tempo. Vocês sabiam que a nossa Imperatriz Leopoldina, esposa de D. Pedro I, morou nesse Palácio? Leopoldina pertencia à Casa dos Habsburgo, uma das dinastias mais antigas da Europa. Mas, certamente, ninguém brilhou mais do que Sissi, a Imperatriz, e esta ainda vai ganhar um post aqui. Aguardem.

Esta é a entrada principal do Palácio Schönbrunn.

Com o palácio ao fundo, quem não quer tirar uma foto? Um amigo chama esse tipo de fotografia de "estraga paisagem" e outra diz que é o tipo "mamãe estive aqui". Falem o que quiser, eu não resisto. Aliás, já pensou atravessar um oceano e se poupar na hora da foto?

Fotografar o Palácio por dentro é terminantemente proibido. Só esqueceram de me avisar...rs Eu fiz o que pude. Discretamente e sem flash, claro. Acho que deveriam liberar fotos sem flash. Não entendo de conservação, mas acredito que fotografar sem flash não deve causar dano aos quadros, móveis, etc. O que acho engraçado é que existem milhares de publicações com fotos lindas e, óbvio, usaram flashes.



Não chega a ser a Galerie des Glaces de Versailles, mas tem lá o seu glamour. Neste salão aconteciam os bailes, recepções... Depois da construção de Versailles por Luís XIV, os monarcas do mundo inteiro ficaram enlouquecidos, todos queriam ter o seu Versailles. E aí como dizia chacrinha "tudo se copia..."

Terminada a visita no Palácio, saímos e nos deparamos com a bela vista da Gloriette no topo da alameda. Caminhar pelos jardins nos proporciona belas surpresas:

Falsas ruínas romanas nos jardins de Schönbrunn

Depois de subir, subir, subir... vem a recompensa: a vista deslumbrante do Palácio, a partir da Gloriette.

Assim como Versailles, Schönbrunn possui uma área imensa, com jardins, florestas e até um zoológico. Você vai encontrar esquilos ariscos pelo caminho. Enfim, pacote completo de diversão e cultura.

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