quarta-feira, 16 de março de 2016

Dando um rolé...

Depois de visitar o Museu Picasso, a minha alma já estava satisfeita. Poderia passar o restante do dia sem fazer nada. Porém,  Paris temos sempre algo a mais oferecer. O próprio bairro do Marais já é uma alegria, com suas ruas, praças, cafés e restaurantes. Um simples passeio a pé, torna-se um programão...
Próximo ao museu, a Place de Thorigny é desses cantinhos encantadores do quartier, onde podemos parar num simpático Café como o da foto abaixo.

E sempre tem um lugar para comprar doces e chocolates, como a tradicionalíssima Maison Méert...
E para  descansar, pracinhas como o Square Georges Cain
 O Marais tem infinitas possibilidades
Mas o almoço da terça-feira, 29 de dezembro,  foi em Montmartre. O Relais Gascon serve um cassoulet maravilhoso! Quem me apresentou a este restaurante foi Milena e Sylvain (amigos parisienses). Fiquei fã e sempre que vou à Paris passo lá para comer o cassoulet. Vale muito ir até Montmartre só para almoçar neste restaurante. No inverno é um prato que aquece, conforta e te dá muita energia... depois andamos para queimar as calorias.  
Depois do almoço poderia ter ficado em Montmartre, mas subir e descer as ladeiras do bairro me deixou com preguiça... acontece. Caminhei até a estação Pigalle do metrô e fui ver o que poderia acontecer... a linha 2 me levaria até a estação Monceau, onde está o Parc Monceau inaugurado em 1861 por Napoléon III. E lá fui eu.
O Parc Monceau fica no 8° distrito de Paris e é cercado por ruas e avenidas com belos prédios. 
A paisagem do inverno deixa o parque ainda mais bonito, mesmo com tantos galhos secos. E Monet pintou cinco quadros tendo o Monceau como tema. 

 
Fiquei um tempo no Parque atualizando meu diário de viagem, aproveitei para comer um que havia comprado em uma boulangerie de Montmartre e depois continuei meu périplo...
Saí do Parc Monceau e não muito longe já avistava o majestoso Arco do Triunfo. Já fotografei mais de centenas de vezes, mas é sempre um prazer rever este monumento.
A noite caía e as luzes da Avenida Champs-Elysées começavam a iluminar a cidade...
 Loja da Cartier com a decoração de Natal

 

Passear na Champs-Elysées não faz a minha cabeça. Sempre lotada de turistas e pedintes... Segui para uma das ruas de trás e peguei o ônibus 31, desci no ponto Alma/Marceau. Dali temos uma ótima vista para a Torre Eiffel e podemos fazer fotos lindas.

Sim, aqui está a Flamme de la Liberté (Chama da Liberdade), mas muitos pensam que é uma homenagem à Lady Di (falecida em acidente de carro em 1997, no túnel que fica no mesmo local).
O frio estava tolerável, e aproveitei para imortalizar aquele início de noite com fotos e filmes (confiram depois no Instagram - @viajandocomjorgefortunato) 
Fui para o ponto de ônibus mais próximo e peguei o 72. Próxima parada: Place de la Concorde. Paris iluminada e a roda gigante que atrai milhares de pessoas por dia...
 Bleu, blanc, rouge ... 
Da  Place de la Concorde até a Madeleine é um pulo e a igreja estava com uma iluminação muito bonita.  Sempre gosto de entrar para admirar o altar-mor com belas esculturas.

Saí da Madeleine e fui caminhando até a Galeries Lafayette para conferir a decoração natalina, mas chegando lá encontrei ...
 Star Wars
A decoração do Natal 2015 teve uma pegada futurista, não gostei, nem desgostei.
Como sou alto, pude fazer as fotos com tranquilidade, mas havia uma multidão... eu fugi da foule e fui caminhando até chegar à Place Vendôme. Sempre um luxo.
 
Aqui estão as grandes joalherias da cidade e o famoso Hotel Ritz que ainda estava fechado para reformas... e pelo jeito ainda continua, depois do incêndio no último andar a poucos dias da reabertura. 
 
 O chofeur chegou e eu voltei para casa... piadinha, claro!
 Fui a pé até a Rue de Rivoli e de lá peguei o Metrô até o Marais...
A Rue Saint-Paul no Marais enfeitada para as festas... esse é o meu endereço parisiense...
Num dia cheio de alegrias, fechei a noite na Cidrerie du Marais com Galette e une boulée de Cidre
Um brinde, porque Paris é uma festa!
*****
Endereços:
Maison Méert 
16, rue Elzévir - Marais
Le Relais Gascon 
6, rue des Abbesses - Montmartre
Cidrerie du Marais
4, rue de Sévigné - Marais

segunda-feira, 14 de março de 2016

O renovado Musée Picasso de Paris

Uma das coisas que mais gostei nesta última viagem à Paris, foi o fato de poder fazer os programas com tranquilidade. Como assim? Na primeira vez que fui à cidade, num mesmo dia, cheguei a ir em duas ou três exposições e isso é uma loucura. Não aconselho. O ideal é fazer apenas um desses programas por dia. Aproveitar ao máximo a exposição, passear com calma pelas salas e curtir. Tenho feito isso, cada vez mais.  Se não deu para ver tudo, paciência. 
No meu segundo dia na capital francesa, decidi visitar o renovado Musée Picasso. 
O Museu fica no 5, Rue Thorigny, no Marais e fui a pé, pois é pertinho do apartamento que alugo no bairro. E essa é só uma das vantagens de ficar hospedado aqui.
Gato pegando um pássaro - 1939
Estive no Musée Picasso em 2003, mas lembro que não vi muita coisa, pois marquei com um amigo, que chegou 1h30 antes de o museu fechar. Talvez até desse tempo, não fosse o fato desse amigo -  profundo conhecedor das obras do pintor - querer dar aula sobre cada quadro. Faltando 15 minutos para fechar eu não tinha passado da fase azul.

Autorretrato
Depois disso, voltei outras vezes à Paris, mas não consegui visitar e em 2009 o museu fechou para reformas, reabrindo em outubro de 2014. 

La Celestine - 1904
Esta visita foi muito feliz. Cheguei por volta das 10h00 e não havia fila. Depois dos atentados de novembro, a vigilância aumentou e muito. Passamos por detectores de metais, mochilas e bolsas devem ser abertas, assim como os casacos. Talvez, sob o impacto da vigilância nem registrei essa entrada e a bela mansão do século XVII.
Les deux frères - 1906
Foi um longo período fechado, 5 anos, mas valeu a espera. O Museu está tinindo e a exposição muito bem organizada, passeando pelas diversas fases da vida do pintor.
Pelo que percebi, a exposição dos quadros é temporária, o que vai permitir aos visitantes ter sempre algo novo para ver. Até março deste ano, fica em cartaz "Picasso, do atelier ao museu" e depois novas exposições com temas diferentes.
Guitarre et Bouteille de Bass - 1913
As fotografias, como vocês podem ver, são permitidas, desde que sem flash. E aí eu não sei se comemoro. O fato é que, algumas vezes, me toquei que estava fotografando demais. E aí voltava a me concentrar. Mas, há o barulho dos cliques de câmeras e smartphones. Tão simples silenciar. Sem contar flashes que disparam porque alguém "esqueceu". E nem vou comentar sobre visitantes que querem ter uma experiência pessoal com as obras. Isso é irritante.

Detalhes da mansão


Eu poderia colocar uma legenda: "antes e depois do casamento" para os quadros acima. Esta é Olga, que casou com o pintor em 1918. No início tudo eram flores, mas Picasso era terrível e cheio de amantes.

Aos poucos a fila começava a crescer...
Inspirado em "Déjeuner sur l'herbe" de Manet, Picasso também fez a sua versão em quadros distintos e igualmente bonitos, no seu estilo.

E cada vez que eu chegava na janela me assustava com o tamanho da fila... agradeci aos céus ter chegado às 10h00 e sem filas.
E de vez em quando, "sair" do museu e olhar pela janela faz bem... a paisagem é inspiradora
O último andar do museu é dedicado à intimidade do pintor. São momentos do artista, como na foto abaixo. 
Neste painel, ficamos sabendo que Picasso guardava tudo, desde um bilhete de metrô até notas fiscais de compras de materiais de construção.
Nem preciso dizer que a visita foi fantástica e que gostei muito. O Museu ficou melhor, está tudo muito bem organizado e nos dias de sol ainda há um bar no terraço para sentar e papear, embora haja muito protesto por conta dos moradores do bairro que não gostaram dessa ideia. Se você for á Paris, inclua esta visita ao seu  roteiro. Imperdível.

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Siga no Instagram: @viajandocomjorgefortunato e veja fotos exclusivas desta visita.

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