quinta-feira, 24 de abril de 2008

Museu Oscar Niemeyer e um encontro inesperado na noite de domingo


Mais um projeto do mestre Oscar Niemeyer. Um grande olho suspenso no ar que chama atenção de quem passa pela Av. Mal Hermes. Mas, além do visual o museu tem muito a oferecer aos visitantes. São muitas salas com exposições temporárias de ótimo nível, uma torre para exposição de fotografias e no subsolo uma exposição permanente sobre o arquiteto e suas obras. Estive em Curitiba em 2006 e fiquei encantado com o museu e a qualidade das exposições. Este ano não foi diferente, duas exposições, em particular, me deixaram fascinado: Ex-votos, memória e devoção - reunião de peças votivas, algumas com mais de três séculos. Além dos ex-votos que estamos acostumados a ver (partes do corpo humano), a exposição apresenta os ex-votos cênicos (quadros com pinturas ingênuas, representando os milagres alacançados), as pinturas são dos séculos XVIII e XIX . Em outra sala do museu está a exposição BACON, FREUD, MOORE - figuras e estampas. O encontro de três artistas , cujo tema de trabalho é o corpo. Se tivesse visitado somente estas as duas exposições, já me daria por satisfeito, mas o MON me presenteou com mais 5 exposições: A arte de J. Borges - do cordel à xilogravura; Carretéis - Eduardo Frota; Cildo Meireles - algum desenho; Mar de homens (fotografias de Roberto Linsker) e Emanoel Araujo - autobiografia do gesto. Eu não conhecia o trabalho de Emanoel Araujo (diretor da Pinacoteca de São Paulo e também do Museus Afrobrasil), e gostei muito. O artista trabalha com formas geométricas muito criativas.
Terminei o dia com um encontro inesperado. Saí para dar um passeio sem destino certo, e fui me perdendo pelas ruas do Centro, até chegar na Rua Treze de Maio, onde para minha surpresa encontrei o ator Ranieri Gonzalez, que está em cartaz na Sala Edson D'avila do Teatro Lala Schneider, com o espetáculo "Os Psicólogos não choram". Ele estava um pouco apressado, mas após ouvir minha exclamação "Ranieri!", parou e começamos a conversar, eu disse que era do Rio e estava passeando pela cidade, falei sobre os trabalhos que ele fez na novela Esperança e nas minisséries "Um só coração" e "JK" e disse que havia visto o cartaz da peça. Resumo da ópera: o Ranieri me convidou para assistir ao espetáculo daquela noite. A peça era muito divertida, e eu me surpreendi com o talento do Ranieri para a comédia, uma vez que o ator interpretou papéis bem contidos na TV. Foi um excelente programa para o fim da noite de domingo. Coisas do destino.
Ranieri Gonzalez me disse que seu próximo espetáculo será "Capitu", e virá ao Rio com a peça , para uma temporada no Teatro Sesc de Copacabana. Vamos aguardar.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Curitiba II

Aproveitei a manhã de Sábado (19/04), para bater perna pelo Batel, bairro sofisticado da capital paranaense. Shoppings, lojas e muitos restaurantes. A rua Comendador Araújo liga o Centro ao Batel e pelo caminho a gente vê muitos casarões antigos, alguns restaurados, outros que foram transformados em agências bancárias, além de uma bela Igreja Presbiteriana. O comércio é bem variado, lojas de roupas, móveis, tapetes e o templo do consumo: O Crystal Shopping, cheio de lojas de grife. Parei para almoçar no John Bull Café, um lugar moderninho, com atitute Rock and Roll, cheio de fotos de Beatles e Rolling Stones nas paredes, além de algumas guitarras. O John Bull é uma sensação e a comida é honesta e saborosa.



Na parte da tarde, fui dar uma volta no Centro Histórico da Cidade, que começa na Praça Tiradentes, onde encontra-se a Basílica, passa pelo Lago da Ordem e termina na Rua Treze de Maio. Essa parte da cidade é muito bonita, e cheia de bares e, claro, mais restaurantes. Mas, também, encontramos lojas de souvernirs, o Memorial de Curitiba e alguns Teatros.





Santa Felicidade é o bairro gastronômico de Curitiba, lá estão os restaurantes imensos que recebem milhares de turistas, o Madalloso tem capacidade para mais de 4000 pessoas. Como não gosto de aglomeração, fui ao Veneza, um pouco afastado do burburinho, e muito mais tranquilo. Come-se de tudo um pouco, polenta, frango frito, saladas e massas, tudo ao mesmo tempo agora. Os garçons passam com os braços cheios de pequenas travessas com os acepipes. Parece um banquete.



Curitiba

Apesar das previsões de frio e chuva, no dia 18, sexta-feira, o dia começou iluminado pelo sol. Segui para o Jardim Botânico de Curitiba e passei a manhã inteira por lá. Éé um espaço bem legal, com muito verde, lagos, museu, espaço Franz Krajcberg (com peças doadas pelo artista) e a charmosa estufa em estilo art-nouveau. O Jardim foi inaugurado em outubro de 1991, e passou a ser um dos símbolos da cidade.


Depois de muito caminhar pelo Jardim Botânico, estava faminto e fui ao Mercado Municipal. Lá encontrei um restaurante italiano excelente, o Anarco, que prepara ótimas massas, como o Penne ao molho funghi com mignon, que estava delicioso.

Satisfeito, após o almoço, fui visitar a Ópera de Arame, que fica no Parque das Pedreiras. Uma ótima idéia da municipalidade, onde era uma pedreira desativada, construiram um teatro enorme, onde acontecem muitos shows, e peças durante o Festival de Teatro de Curitiba. Ao lado da Ópera de Arame, fica a Pedreira Paulo Leminsk, onde são realizados mega-shows.


Terminei o dia no Parque Tanguá, que fica a 15 minutos do Parque das Pedreiras. O Tanguá é um dos muitos Parques da cidade, um lugar ideal para passear e fazer piqueniques.

terça-feira, 22 de abril de 2008

O retorno

Estou de volta! Nada como fugir da rotina e dar uma escapada para um lugar bacana. Foi muito bom retornar à Curitiba, a cidade verde. Viajei na quinta-feira pela manhã e já tive sorte logo na chegada ao Galeão, meu vôo tinha sido cancelado, aliás, foi ótimo, fui transferido para um vôo direto, ao invés de ter de fazer conexão em São Paulo e ficar esperando duas horas no aeroporto. Cheguei mais cedo e aproveitei muito mais!

Curitiba é uma cidade muito boa para visitar, tem ótima estrutura turística, muitos hotéis no Centro, transporte integrado e ótimas opções de lazer, diversão e cultura. A cidade é cheia de praças arborizadas e muitos parques, jardins e bosques, daí a alcunha de cidade verde. Além disso tudo, a gastronomia é outro ponto forte da cidade, mas é o meu ponto fraco. Adeus dieta. Até que me comportei bem quando cheguei, no almoço de quinta-feira, comi apenas saladas e grelhados, mas logo depois da minha visita ao Teatro Guaíra, no fim da tarde, passei em frente à Confeitaria das Famílias e não resisti, pedi um chá e “Marta Rocha”, um pão-de-ló, com recheio de creme de ovos e cobertura crocante de nozes, hummmm. A Confeitaria das Famílias é um ícone na cidade e recomendada por 10 entre 10 curitibanos.

Como diria Jack, vamos por partes: na quinta-feira, depois do almoço, saí pela Rua XV de Novembro - a rua das flores, e fui até o Teatro Guaíra, o principal da cidade. Fui dar uma olhada na programação, saber dos espetáculos, etc. Aproveitei para fazer uma visita guiada. Fui muito bem ciceroneado pela Juliana, que me contou a história do teatro desde a fundação. O Teatro Guaíra é um complexo com 3 salas, o Guaírão (em torno de 2400 lugares), o Guairinha (uns 500 lugares) e o mini-auditório (180 lugares).

Conheci os bastidores, pisei no palco onde os técnicos trabalhavam no cenário de Romeu e Julieta, vi tudo. Juliana me apresentou ao funcionário mais antigo do Guaíra, o Sr Miguel Esposito, ótimo astral, mais de 70 anos, disse que vai de casa para o teatro de bicicleta. Sr Esposito é uma dessas figuras bacanas que vale a pena conhecer, ele ainda me contou que trabalhou com grandes nomes do teatro como Procópio Ferreira, Bibi Ferreira, Sergio Cardoso e Oswaldo Loureiro.

Depois da visita e de ouvir os "causos", passei na bilheteria do teatro e comprei ingresso para o espetáculo “Garotas vampiras nunca bebem vinho”, que estava em cartaz no mini-auditório, era uma comédia sobre uma ex-policial que bebe sangue de pessoas desajustadas. Foi muito divertido. Depois do teatro, tomei sopa e bebi um ótimo vinho, curtindo o vai-e-vem da Rua XV....
Amanhã, conto mais!

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