sábado, 30 de abril de 2011

Vale a pena conhecer Praga?

Depois de tudo que já publiquei parece até piada fazer essa pergunta, não acham? É claro que visitar Praga vale a pena. Eu diria até mais: todo ser humano deve conhecer Praga um dia. Esqueçam a barreira do idioma, pois nos Hotéis, bares e restaurantes os funcionários falam inglês. Para fazer passeios vocês podem contratar excursões, pedindo diretamente nos hotéis. Nas duas viagens que fiz à Praga vi muitos grupos de brasileiros e portugueses com guias locais falando português. São poucos, mas existem. Praga é agradável e musical, toda noite são diversos concertos, recitais e óperas. E ainda tem o Teatro Negro de Praga que apresenta espetáculos alegres e divertidos. A comida é boa, a cerveja excelente e os preços razoáveis para os padrões europeus. Andar na cidade também é bem fácil, as principais atrações são concentradas e o transporte público é eficiente. A cidade é muito segura e andar a pé pode ser um ótimo programa, não importa o horário. Com relação aos táxis é preciso ficar atento. Dizem que os motoristas costumam cobrar um pouco além do taxímetro. Mas não é isso que vai impedir que vocês conheçam essa cidade fantástica. Uma jóia preciosa do leste europeu. Na minha avliação Praga é nota Dez!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Um dia em Karlovy Vary

Foi na segunda vez que estive em Praga (Outubro/2007) que consegui visitar Karlovy Vary. Fundada em 1370 pelo Imperador Carlos IV, a simpática cidade fica a mais ou menos 2 horas de Praga e é o destino de diversas celebridades que se refugiam nos diversos spas ou no famoso e chiquérrimo Hotel Pupp. Até que gostei de ter conhecido a cidade na viagem de 2007, pois era outono e combinou bem com as águas quentes que jorravam de suas fontes.
Terminal Rodoviário de Karlovy Vary
Eu fui de ônibus para Karlovy Vary num esquema bem independente. Comprei a passagem na Rodoviária, na véspera, para o horário das 07h45 e o retorno para às 18h45. Assim não teria problemas. A viagem foi tranquila e a paisagem muito bacana. Assim que cheguei procurei um balcão para informações e peguei um mapa para me guiar pela cidade. Não é preciso pegar ônibus ou táxi, pois dá para conhecer tudo a pé. Em poucos minutos já estava no Centro de Karlovy Vary.


O Becherovka é a bebida nacional da República Theca. É um licor com sabor um pouco amargo, porém gostoso. A fábrica fica em Karlovy Vary e há publicidade por toda parte. Tem até um Museu - não visitei, claro. A propósito não visitei nehum museu na cidade. Não sei ao certo, mas parece que tem um de Cristais ou algo assim.



A cidade está cheia de hotéis e  spas com  piscinas de águas termais. Um dos mais famosos é o Hotel Thermal, que possui uma enorme piscina. Pena que  não pude experimentar. Esse Hotel também é famoso por conta do Festival Internacional de Cinema, que acontece todos os anos e já está na sua 46ª edição.

Estava um frio tremendo. Fui vestido no esquema "cebola" - várias camadas: camiseta, camisa, suéter de lã, cachecol e casacão (meu eterno companheiro).

Karlovy Vary é de uma beleza arquitetônica impressionante. Os prédios são do século XIX e estão bem conservados. Vale a pena andar sem rumo e ir descobrindo os lugares.
 

E para variar, a natureza dando aquela ajuda para tornar o belo ainda mais belo. As cores do outono são especiais.

 As Fontes

Existem diversas fontes espalhadas pela cidade. A temperatura das águas varia entre 30 e 75 graus! O gosto é bem particular, mas dizem que faz bem à saúde e trata várias doenças. Como vivo em busca da juventude eterna, provei todas as águas de todas as fontes.

 
 
Para beber as águas medicinais das fontes, o ideal é comprar uma canequinha de louça que é vendida em diversas barraquinhas espalhadas pela cidade. Ela tem um desenho especial com um bico (tipo um canudo).
Cumpri o ritual: comprei a canequinha, lavei, enchi de água e me preparei para beber. Acho que estou bem conservado desde então. A canequinha é um souvenir simpático... está guardada. Qualquer dia vou tirá-la do armário e experimentar alguma bebida nela...rs

Outra grande atração de Karlovy Vary são os seus biscoitos gigantes. A massa é fininha e parece uma hóstia. Tem recheios e sabores diversos. Eu já conhecia, pois havia comprado no Aeroporto em 2006, mas não sabia que eram fabricados em Karlovy Vary. Eles são vendidos individualmente ou em caixas e são prensados na hora. 

Cliquem na foto para ampliar e vocês poderão observar as canequinhas penduradas na janela e a máquina para prensar os biscoitões. Esse vendedor era uma figura. Reparem a satisfação dele ao me oferecer o biscoitão. 


Aí está o famoso Grand Hotel Pupp,  um cinco estrelas super luxuoso com spas, restaurantes e todo o conforto possível para os seus abastados hóspedes, até campo de golf. Tem que ter muita "bala na agulha" para se hospedar aí.  Esse Hotel  ficou muito conhecido por ter sido cenário de um dos filmes de 007 - Casino Royale. E ainda de outro filme estrelado pela atriz Queen Latifa, cujo nome não me recordo. 

Como vocês viram, motivos não faltam para visitar Karlovy Vary. Vale a pena pernoitar ou até passar uns dois dias na cidade fazendo os tratamentos dos spas e passeando pelas suas ruas tranquilas.  Eu pretendo voltar um dia!

Passeio de barco no rio Moldava

Se existe uma coisa que eu não abro mão, quando é possível,  é  fazer um passeio de barco. E em Praga esse passeio é imperdível, pois, o rio Vltava - Moldava em português - é um encanto. Os passeios têm duração média de 1 hora, tempo suficiente para ver as maravilhas de Praga. Existem outros passeios com almoço e que duram mais tempo.

Aproveitei o final da tarde para fazer o passeio e poder curtir o pôr do sol. Só faltou a música de Smetana. Neste passeio, a cerveja era cortesia. Achei ótimo! Ao fundo podemos ver a Ponte Carlos.

Sem palavras!

Este era o Marinheiro/Guia - uma figura. Ele contava muitas histórias, tudo num inglês muito correto. Reparem que tem outro chapéu perto dele. Adivinhem? um trocadinho no final do passeio. 

Nem preciso dizer que foi maravilhoso. É super relaxante passear pelas águas tranquilas do Moldava, cercado de beleza por todos os lados. Realmente, imperdível!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Castelo de Karlstejn

Minha grande preocupação antes de ir à Praga era o idioma. Claro que nos hotéis, bares e restaurantes não teria dificuldades, uma vez que falam inglês. Mas, se quisesse fazer um passeio por conta própria, ir numa cidadezinha? O jeito seria fazer pequenas excursões com guias. Mas e a graça da aventura? Deixei de lado esse medo e arrisquei ir por conta própria à Karlstejn.
O Hotel Elysée está localizado próximo a estação de trem que dá acesso à cidade. No guichê obtive as informações, comprei os tickets - muito baratos - e lá fui eu. Depois de 45 minutos chegava à Karlstejn.
Saí da pequena estação e poucos minutos depois começava a contemplar pequenas maravilhas. Como o rio da foto acima e as casas na florestas. O dia estava lindo, sol forte e calor.
E caminhando cheguei ao Centro da Cidade e logo avistei o imponente Castelo. E já deduzi que precisaria andar um pouco mais e subir a ladeira. A subida não chega a cansar e compensa pelo visual, pelas casas e simpatia dos moradores da região.
Quanto mais me aproximava do Castelo, mais ficava empolgado. Karlstejn é um Castelo Medieval do séc. XIV, comme il faut. Foi construído por ordem do Imperador Carlos IV e levou 17 anos para ficar pronto. O Castelo foi o local escolhido para a guarda do Tesouro Real, das Jóias da Coroa Imperial e das relíquias religiosas.
Não sei exatamente quanto tempo levei do Centro até chegar ao Castelo. Talvez 30 minutos ou um pouco mais. Parava muito para ficar contemplando a paisagem.
 Nos domínios de Carlos IV

O Castelo só pode ser visitado através de visita guiada. Em diferentes horários saem grupos com visitas em Tcheco e Inglês. Quem chega de excursão visita o Castelo com o próprio guia. Como fui só fiquei aguardando tranquilamente o meu grupo. São dois tipos de visita: Circuito 1 - Tour Geral do Castelo; Circuito 2: Visita da Capela e das Jóias. Cada Circuito tem o seu preço. Na época paguei KC 220 para o Circuito 1 e KC 300 para o Circuito 2, algo em torno de 21 Euros a visita completa. 

Capela do Castelo
Uma das vantagens de ir por conta própria é o fato de poder fazer a visita completa. Geralmente os grupos que chegam em excursão fazem apenas o Circuito 1. Observei isso porque enquanto aguardava, dois grupos entraram e saíram 20 minutos depois.

As fotos são proibidas, mas ninguém resiste ao "jeitinho brasileiro" e consegui fazer algumas fotos. Apesar de o Castelo ter sofrido uma restauração no século XIX, a guia jurou que os afrescos eram originais e nunca foram restaurados...
Foi um passeio além das expectativas. Conheci tudo com a devida calma, sem pressa e fiquei o tempo que quis na Cidade.

Depois da visita ao Castelo parei para almoçar num restaurante simpático, com mesas na varanda. Cerveja gelada - a ótima Krusovice  - e mais um Goulash!

 Uma das palavras que mais falava em tcheco: Pivo (cerveja)
Fiquei viciado em Goulash

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vyšehrad

Existe uma lenda que diz que das colinas de Vysehrad uma princesa - cujo nome não lembro - teve uma visão sobre Praga. A partir daí a cidade de Praga começou a crescer na região onde hoje está o Castelo. É mais ou menos isso, eu acho. 
(Colina de Vyšehrad - foto da Wikipedia)

Fiquei curioso para conhecer o lugar da fundação da cidade. E como era perto, apenas duas estações de metrô, lá fui eu. A estação era próxima, mas tive que andar um pouco até chegar na entrada.

É uma região muito tranquila. Apenas casas e o grande parque.
Do alto das colinas, avistamos a cidade e o rio Moldava. é um super visual.

Esta estátua é a representação da visão da princesa. Ela está apontando para o Castelo de Praga.
O parque é bem grande e abriga a Igreja de São Pedro e São Paulo, ao lado da Igreja fica um cemitério, onde estão enterrados escritores e compositores tchecos como Smetana e Dvorak, entre outros.

Porta da Igreja de São Pedro e São Paulo
E como ninguém é de ferro, parei para tomar uma cerveja no Café do Parque.

Flanando em Praga

Andar pelas ruas de Praga significa ter pequenas surpresas a cada instante. Quando viajo gosto de caminhar sem roteiro. Vou andando e observando. Em uma cidade como Praga , não há riscos de cair em "roubadas" do tipo "andou, andou e não chegou a lugar nenhum". Nesse pequeno passeio descobri um verdadeiro tesouro.

Rua tranquila do Hradčany (Bairro do Castelo), ao fundo a Catedral de São Vito.
 Essa região da cidade é cheia de belos prédios e palácios.
 Depois de tanto caminhar, descobri um pequeno restaurante com terraço.

Lamentavelmente não anotei o nome do restaurante, tampouco o do prato. Só posso dizer que estava muito bom. Lembro que acompanhei com uma das boas cervejas tchcas e como sobremesa pedi um Aplle Strudel.

O Tesouro do Loretto

Chegando em Malá Strana  avistei esta igreja em estilo barroco do séc. XVIII. É a Igreja da Natividade. Vale a visita pelos belos afrescos.

Mas o melhor dessa visita é  o Tesouro do Loretto. Uma grande coleção de objetos litúrgicos dos séculos XVII e XVIII. Uma pena não poder fotografar. Porém, nunca saíram da minha cabeça as belezas que vi naquele lugar: diversos objetos em ouro, pedras preciosas e uma quantidade imensa de ostensórios, cada um mais rico que o outro.  Sendo que nada se compara ao Sol de Praga,  um ostensório banhado a ouro, cravejado de diamantes e que  pesa 12 kilos! É um luxo! Curiosamente, não vi muita segurança no local. Com tantos tesouros só vi um ou dois vigias.

Na parte externa existem seis capelas. Até aqui as fotos são proibidas, mas ao menos consegui fazer essas.

Foi uma tarde formidável. Não havia lido nada a respeito e descobri por acaso. Fui guiado pela minha curiosidade.

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