quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Valparaíso

Segunda-feira gorda de carnaval, calor, céu azul e o destino: Valparaíso e  Viña del Mar. Dificilmente visito duas cidades no mesmo dia, mas como disseram que a distância entre uma e outra era de apenas 10 minutos, eu não pensei duas vezes. Há diversas maneiras de chegar nestas cidades. Para quem não quer ter nenhum trabalho, o ideal é contratar um passeio com uma agência. Alugar um carro é uma possibilidade e a terceira alternativa, ir na rodoviária e comprar o seu bilhete para Valparaíso e de lá tomar um ônibus ou trem para Viña del Mar. Eu optei pela última alternativa...
 ...mas quando cheguei na rodoviária a fila estava grande e logo fui abordado por uma moça de uma empresa de turismo. Resumo da ópera, aceitei a proposta: Eu iria de  ônibus comum até Valparaíso e chegando lá, faria um City Tour pela cidade e em seguida iria para Viña del Mar. Fiz um balanço rápido e vi que valia a pena. Uma redução de 50% em relação ao preço cobrado pelas outras agências. 
A viagem dura em torno de 1h30 e a paisagem é belíssima, para dizer o mínimo.  
Valparaíso é bem maior do que eu imaginava. Uma cidade agitada, divida em partes alta e baixa. A maior parte da população vive na parte alta, nos cerros. E para subir e descer usam os "ascensores" (elevadores), que viraram atracão turística. Para poder visitar a cidade como se deve, o ideal é um dia. 
O City Tour incia com uma parada para fotos com o Pacífico de pano de fundo. Quando fiz essa foto, nem havia percebido a frase pichada na mureta. Mas faz todo sentido!
 Leões marinhos tomando banho de sol. Que luxo hein?
Do mar, partimos para a parte alta da cidade, passando pelo Centro. Pelo caminho fui fotografando o que podia, sei bem como é city tour num bus...
O guia que nos acompanhava era bem divertido e isso ajuda muito num passeio desses. É muita informação e se não tiver um pouco de humor, o tour vira uma aula maçante de história.

Um dos "ascensores", tão colorido quanto as casas.

Passei pela "La Sebastiana" a casa de Pablo Neruda, mas segunda-feira estava fechada.

E já que não pude visitar a casa do escritor, o jeito foi cumprimentá-lo na Praça
 E ainda encontrei Gabriela Mistral!

 Que frase! 

A vontade era de ficar perambulando pelas ruas da parte alta, apesar do calor, mas num city tour... e aí descemos em direção à Plaza Sotomayor com belos prédios, como o  da ex-Intendência de Valparaíso, hoje  Sede do Comando Geral da Armada do Chile.

 Hotel Reina Vitoria, data de 1899 - charme inglês em Valparaíso
Da Plaza Sotomayor seguimos para a última etapa em Valparaíso, o Ascensor Artilleria que conduz até o Paseo 21 de Mayo.
Inclinadíssimo
Do alto avistamos ao fundo os cerros de Valparaíso e em destaque a casa 156, em estilo vitoriano, construída entre 1908 e 1909, atualmente é um restaurante badalado. 
 O Cerro Artilleria garante uma das mais belas vistas da cidade.

E no Paseo 21 de Mayo está o Museu Naval e Arquivo Histórico da Armada do Chile.   
Foi um passeio extremamente agradável, apesar de corrido. Rodar uma cidade como Valparaíso em 2h30 é muito, muito pouco. Fica a dica para curtir um dia inteiro por lá, sobretudo para poder visitar Igrejas, museus, lojas e restaurantes. 
E o tour prossegue para Viña del Mar...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Santiago nas alturas

Meu tour de reconhecimento por Santiago parecia interminável. Após o almoço decidi visitar o Cerro San Cristóbal para avistar Santiago do Alto. Confesso que estava cansado e depois do almoço, um pouco preguiçoso. Distraidamente, não me informei sobre como chegar ao Cerro San Cristóbal. Já disse que não estudei muito... "Cerro" é como os chilenos chamam os morros. A subida seria fita através de um funicular. Do Mercado Central peguei um táxi  e aí .... no meio do caminho o motorista informa que o Funicular não estava funcionando e, claro, não disse que havia um ônibus gratuito para subir. Porém, disse que poderia me levar, mas eu teria que pagar a taxa para veículos que é cobrada na entrada do Parque Metropolitano. Até aí tudo bem. Só que a distância da base até o topo era considerável e o taxímetro não foi muito generoso. Dez minutos depois eu vi! Resumo da ópera: fazer o dever de casa evita certos problemas. Eu vi muita gente subindo de bicicleta e a pé. Até vale a pena, pois o Parque Metropolitano é enorme e pelo caminho há o que se ver, como um zoológico, alguns mirantes, etc. mas isso tem que ser feito pela manha e com muita calma.

 A vista total de Santiago e lá looonge: as Cordilheiras.
A maior atracão do Cerro San Cristóbal, além da maravilhosa vista, é o Santuário da Virgem Imaculada Conceição  que fica no topo do cerro com a imagem da Virgem.
 Óbvio que tem muita escada para subir
Aqui podemos ver o Altar do Santuário onde são realizadas missas e ao fundo a cidade de Santiago.
E lá no topo a Virgem Imaculada

Um pouco abaixo da grande estátua da Virgem encontramos esta simpática Capela.
 E para matar a sede pequenos bares....
 ... onde podemos apreciar o "Mote con huesillo" a bebida chilena.
É tipo um mate meio fraco, muito doce. No fundo do copo tem uma porção de milho e completando a farra, dois pêssegos enormes. É uma refeição com bebida e sobremesa, tudo junto...rs É gostoso e muito energético. Agora  entendi de onde o povo tira forças para subir e descer os cerros de Santiago.
Encerrei a minha visita e até pensei em descer a pé, apesar da distância. Porém, vi uma pequena fila e perguntando descobri que era para pegar o ônibus. Detalhe: de graça. Então, enquanto o Funicular estiver parado, o transporte é gratuito. Não entendi bem, mas entrei no ônibus e fui feliz para o Patio Bellavista. Um pequeno shopping cheio de restaurantes e algumas lojinhas de souvenirs. 

 Quando cheguei ali, lembrei do meu almoço "caído" no Mercado Central...
Logo atrás do Shopping fica a Rua Constitución, cheia de restaurantes, como o "Azul  Profundo" (foto acima)...
...e o "Como Agua para Chocolate". A rua é tomada de outros bares e restaurantes, um convite à boêmia. 

Finalizei minha visita nesse pequeno trecho do bairro e no caminho para o Metrô avistei o Rio Maipo.

O Rio Maipo está assim, parece uma corrente de lama. Apesar de triste, o fato de o rio estar quase seco, possibilitou a criação de um "Museu de Arte Urbana", com obras de diversos artistas.
 

Enfim, um bom jantar!
Foi difícil escolher um lugar para jantar, mas acabei optando pelo Azul Profundo. Não liguei para fazer reserva, mas como estava cedo não houve complicações. Um brinde com pisco para começar! Eu optei por uma mesa próxima à janela, para ver um pouco do movimento da rua. O restaurante é bem descontraído e com esse nome a decoração é cheia de referências, óbvio, ao mar.

"Ceviche muito bom" - era este o nome do prato - ótima entrada! 
Prato principal: "Triptico do Mar" - Congro, Salmon e Tilápia, sobre uma farta cama de  creme de milho maravilhoso, acompanhando com abacate e tomates. Delicioso!
E como eu não sou de ferro, não resisti à sobremesa: "Muñeca brava" - laminas de chocolate amargo e ao leite, entremeadas com um creme de amêndoas , molho de laranja com conhaque e um coulis de frutas vermelhas. Enfim, comi bem. E voltei feliz para o hotel. Estava exausto, foi uma maratona e no dia seguinte me aguardavam Valparaíso e Viña del Mar.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Plaza Mayor e arredores do Centro de Santiago

Há sempre uma discussão sobre os chamados "bate-volta", aqueles passeios de um dia para visitar uma cidade e retornar à base. Por menor que seja uma cidade, um dia nunca será o suficiente para conhecê-la. E o porquê dessa introdução?  Fiquei com essa sensação em relação ao Centro de Santiago. Digo isso porque há museus, igrejas, centros culturais etc, para visitar. Impossível tudo isso num único dia. é por isso que considero 5 dias inteiros o tempo razoável para conhecer algumas capitais. É claro que também não é o suficiente, mas já dá para alguma coisa.

Para aproveitar ao máximo o tempo o ideal é sempre caminhar, caminhar... e aí ir descobrindo prédios bonitos como o da foto acima, onde funcionou o Congresso Chileno. Atualmente, deputados e senadores legislam em Valparaíso. Parece que a visita ao jardim é franqueada ao público durante a semana.
E a caminhada me levou até a Plaza de Armas - com poucos elementos coloniais, uma pena. Não tive como não comparar com a Plaza Mayor em Lima - que é um espetáculo. 
Chama atenção na Praça essa enorme escultura em pedra. Não consegui obter informações sobre a obra, pois não havia nenhuma placa por perto.

A minha camiseta cereja ou goiaba forte - diriam alguns - deu um colorido à fachada da Catedral de Santiago. E fica aqui o meu protesto pela construção de um prédio horroroso e cheio de vidro que fica do outro lado da rua lateral à Catedral. Vocês podem observar o mostrengo na foto abaixo.
O mau gosto das "modernas" construções em contraste com a beleza do edifício histórico.
E ainda temos as estátuas vivas - essa era mega antipática, cobrindo o rosto e fazendo caretas para as fotos. Pague antes, fotografe depois!

 Por fim entrei para visitar a Igreja - uma bela construção e muito imponente.

Ainda na Praça o Museu Histórico Nacional - gratuito aos domingos!
No primeiro andar havia uma exposição temporária - Baile y Fantasia - sobre um famoso baile que aconteceu em 1912 no Palacio Concha-Cazzote.
 Fotos do baile e reprodução dos figurinos 
E no segundo andar, a História do Chile contada desde a chegada dos primeiros habitantes até os dias atuais.
 
"Primeira Missa rezada no Chile" - fico devendo o autor, sorry. Talvez, já cansado e com fome.
E por esse motivo, segui para o famoso Mercado Central, onde são vendidos toda sorte de peixes e frutos do mar.

É um mercado simpático, embora julgasse ser maior, com grande concentração de restaurantes e algumas lojas de souvernirs. São muitos restaurantes e você é literalmente "pescado" para algum deles. Todos te chamam, oferecem cartões. Aviso: melhor não almoçar por ali. Não foi a melhor opção. Já era quase 14hs, muita fome e me deixei levar. Talvez não tenha tido sorte no meu pedido, mas comi um ceviche que não me agradou. Todavia, o almoço valeu para conhecer um simpático casal que mora em Penedo, interior do Estado Rio.

Era inevitável: um corredor, restaurantes e gerentes e garçons te convidando para ao almoço. Aliás, os convites já começaram na porta do mercado...

 
Peixes e frutos do mar para todos os gostos.
Vale conhecer, mas aí cada um decide na hora se vai ser bom parar e almoçar ali ou ir ao Barrio Bellavista que estava pertinho, mas eu nem me toquei... e o que tem em Bellavista? Ah, no próximo post eu conto!

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