sábado, 16 de janeiro de 2016

Paris, segunda-feira que parece domingo.

No Réveillon de 2014/2015 estava na Praia do Flamengo, onde moro ... fazia um calor insuportável naquela noite. E, logo depois da meia-noite, disse: "Este ano (2015), o Réveillon  vai ser em Paris, chega de calor!" Abri um grupo no Facebook e convidei meus amigos para participarem, pensava na alegria do Réveillon de 2010 ... que você pode conferir aqui. O ano de 2015 iniciou tranquilo, mas logo na primeira semana, houve o atentado à sede do jornal Charlie Hebdo. Dúvidas? Nenhuma. O projeto Réveillon em Paris estava garantido. Curiosamente, estive em Paris, em fevereiro - último post aqui do blog - e tudo correu bem. E assim, prossegui, comprei as passagens, fiz as reservas e decidi que pela primeira vez iria para a Avenida  Champs-Elysées, festejar a chegada do Ano Novo na rua. Então, aconteceu o que ninguém esperava. Em novembro ocorrem atentados em diversos locais de Paris. E o que fazer? Cancelar? Insistir? Foram duas semanas pensando. Até que decidi entregar para Deus e viajar. Afinal, só ia saber se daria certo se fosse. 
E, por isso, no dia 27 dezembro, embarquei num Boeing 777-300 da Air France rumo à Paris!
Desta vez fui de Classe Premium Economy. Esta classe é uma alternativa de proporcionar mais conforto ao cliente. Fica localizada entre a Classe Executiva e a Econômica. Uma das vantagens é que com este bilhete, você tem prioridade no embarque/desembarque, além de fila exclusiva para passar no controle de passaportes.  
 O Menu oferecido é um pouco melhor do que é servido na Classe Econômica.
 Garrafas de água mineral nas poltronas
 Tela maior para assistir a programação durante o voo.
 O champagne continua sendo servido em copo de plástico ... isso não muda.
 E a refeição da noite, o diferencial foi uma saladinha com camarão.
 Um licor, chá e o que será que tem nesse cone azul? 
 Doces, balas e chocolate com a grife "Fauchon"
E, finalizando, o café da manhã.
Para ser muito sincero, não achei a Premium Economy confortável. Talvez o fato do calor na cabine. Algum problema técnico no ar condicionado, deixou a viagem desconfortável. A cadeira não reclinava ... enfim, não curti. O jeito é tentar up grade para a Executiva ou, quem sabe, Première.
Do alto, a cidade ainda no escuro e com luzes acesas, mas já passava das 07h00. Nosso voo chegou com 30 minutos de antecedência. Até sair do avião, levamos praticamente esse tempo, o que acabou compensando, pois chegamos na Imigração no horário previsto de chegada, por volta de 08h05.
Por conta das medidas de segurança, o tempo no Controle de Passaportes aumentou e muito. As filas estavam enormes. Por sorte, estava na fila do Sky Priority, mas mesmo assim levei entre 40 ou 50 minutos até passar. Só havia dois Policiais atendendo. Passaportes carimbados, fui pegar as malas que chegaram logo. A foto aí de cima é do Passe Navigo, cartão que dá acesso aos transportes (trem, metrô, ônibus, VLT e funiculaire de Montmarte). A vantagem desse cartão é que desde o ano passado, podemos utilizá-lo no deslocamento Charles de Gaule/Paris. O bilhete de trem custa 10 Euros. Eu carreguei meu cartão para uma semana e custou 21,25 Euros. Super vantagem.
Estava com uma mala média e outra para cabine. Dá para ir de trem com tranquilidade. Desci na estação Gare du Nord e peguei um táxi até o Marais. Rápido e prático. O táxi saiu por 13 euros.  

E depois de instalado no apartamento, ter feito as compras de supermercado, fui fazer o que gosto: bater o ponto na Place du Marché Sainte-Catherine. Essa pequena praça no Marais é cercada de bistrots e tem um visual super charmoso.
E assim começou a minha segunda-feira em Paris, com cara de domingo.
Gosto do La Terrasse de Sainte-Catherine, bistrot simpático e que oferece bons pratos, com preços corretos. No almoço, entrada+prato ou prato+sobremesa. Pedi sopa de repolho roxo que chegou fumegando e estava deliciosa.
O prato principal foi Pot au feu, que esperava um pouquinho mais ... e claro, não comi aquele tutano dentro do osso...
 E essa é a foto que mais gosto, a Igreja de Saint-Paul e as árvores nuas...
Neste primeiro dia, não havia programado nada de especial. A temperatura estava agradável, 12 graus, e fui caminhando pela Rue de Rivoli até a Place de l'Hotel de Ville. A praça estava uma festa com a exposição "Arche de Noé Climat".
140 animais feitos pelo artista Gad Weil
 E tava mesmo um clima de feriado na cidade
 Bonito o trabalho desse artista de rua
Continuei minha caminhada até o Sena... e muda tudo quando encontramos o rio.
Fui rever o ícone parisiense: a Notre Dame. A fila sempre grande para visitar a Igreja.
Muita gente passa e não repara essas marcas no chão com o nome das ruas que existiam na praça em frente à igreja. 
A fachada da Notre Dame tem muitos detalhes. Clique nas fotos e amplie para ver alguns.

Sempre tenho surpresas, observando a fachada desta igreja. 
O  bom de caminhar sem destino é que a gente descobre o restaurante que a amiga convidou para o jantar da noite, assim, por acaso... no alto, o "Les chants des voyelles", escolhido para o jantar dessa noite.
Saí da Rue des Lombards e continuei pela Rue de la Verrerie, passei na porta da patisserie de Christophe Michalak, o chef patissier do momento.

Vocês devem lembrar desse ovo colorido do post anterior... ele decora o pátio da "Maison de l'Europe de Paris"
 Vale a pena ver de novo...  
E a noite terminou com um jantar organizado pela Milena, amiga que conheci em 2012. Na foto, em sentido horário: Eu, Milena, seu marido Sylvain, Karla, Silvia e Renata.
Só conhecia a Milena e seu marido, mas como as coincidências me cercam, a Karla viajou junto comigo e dentro do avião, me olhou e perguntou se eu tinha um blog... "Então é você que vai no jantar", disse. E fui apresentado à Renata e Silvia que moram em Paris. E viva os blogs que acabam nos unindo.
Um brinde à amizade! Nada mal para o primeiro dia.

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